Don’t break my heart

Name:
Location: Afghanistan

Wednesday, August 24, 2005

Vou guardar-te


Foste
Levaste contigo a esperança
A ilusão dum começo
Porque desconheço
Que o mundo avança

Foste
A doce quimera da mudança
Mas a ti não pertenço
Porque desconheço
Que o mundo avança

Fiquei
A viver da recordação
Que embalo com carinho
Percorro o caminho
Sem amargura no coração

Fiquei
A viver na solidão
Mas neste viver sozinho
Percorro o caminho
Sem amargura no coração

Seremos
A meiguice de um beijo
No tremer de um abraço

Wednesday, August 10, 2005

Um dia de Primavera

Despida da fértil esperança, tento manter me erecta num tronco que se disforma com o peso dos sonhos passados. Ínsito em carregar ramagens espectros contorcidas com a dolorosa decepção.
Sonhei…
…um dia ser resplendorosa de cor, com seiva ardente germinando e descontrolada saltando de cada poro espalhando arco íris de vida.
Sonhei…
…vestida com o amarelo do sol executando danças ao som do vento compassado pela melodia do riacho. Inundada pela dadiva da agua crescia…
Sonhei…

Thursday, August 04, 2005

Amor moribundo



Talvez que o vento forte lá fora tenha saído do meu peito, como que querendo mostrar ao mundo a revolta em redemoinho da minha angustia, uivando a dor que já não cabia no peito ferido e cansado de lutar com a mordaça do silencio.
Por entre o fumo do cigarro que queimava as minhas ultimas esperanças, olhei te numa batalha entre o sentimento que teimava em espelhar-se nos meus olhos e a razão que tudo tentava ocultar com o seu manto de orgulho ferido.
Tentava desesperadamente segurar na memoria a sensação do toque dos teus dedos na minha face, que de tão breve e leve não lhe senti nem a maciez nem o calor. Gesto efémero que a ti te deu a sensação de dever cumprido e em mim deixou o vazio do que poderia ter sido.
A figura recortada na penumbra carrega consigo as memorias de um passado que resiste ao presente não deixando futuro. Figura amada, passado feliz. Figura ausente, presente vazio.
Ali sentada ao abandono do todo o ser, sentia-me encalhada num limbo do tempo que teima em não se definir. A escuridão da noite envolve-me na doce tentação de esquecer enquanto que o vento teima fazer esvoaçar perante mim retalhos da nossa vida, que tal como as folhas ao vento são secos de esperança numa sombra do que foram.
Cansada de boiar no mar das tuas indecisões, vi-te afastar com a indiferença de quem procura o brilho maior de um farol. Já não segues a minha luz e eu naufraga permaneço ilhada em teu redor. Já não imano brilho, escureço…

Tuesday, August 02, 2005

Eternamente...